AGONIA AMBIENTAL PELA INDIFERENÇA

Faculdade de Tecnologia da Baixada Santista

Profª Drª Regina Elena FiandraD

Data: 16/06/2007

TÍTULO:

AGONIA AMBIENTAL PELA INDIFERENÇA

TEMA:
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ECOLOGIA HUMANA: PRATICANDO ATOS INOVADORES EM PROL DO MEIO-AMBIENTE

Trabalho apresentado por:

Gilson Ferreira de Oliveira

Gisele Pereira Hurtado Sierra

Mariane Gaspar Santos

Patrícia Antunha Guedes Veríssimo

Dedicamos este trabalho

a todos que neste planeta vivem

e sabem que é preciso, além de viver,

deixar um planeta conservado

para as futuras gerações.

AGRADECIMENTOS

A Professora, Dra. Regina Elena Fiandra, pela sua dedicação e paciência desafiadora.

Aos Professores que aceitaram fazer parte da Banca Examinadora.

A todos os colegas da Faculdade de Tecnologia da Baixada Santista – FATEC, pessoas dedicadas a quem respeitamos e consideramos.

Aos professores integrantes do corpo docente do Curso de Informática com Ênfase em Gestão de Negócios, pela qualidade educacional ministrada até aqui.

E a todos que diretamente agem segundo sua consciência em prol de um planeta melhor, de utilização sustentável e que seja deixado íntegro como herança às futuras gerações.

RESUMO

OLIVEIRA, Gilson Ferreira de. Agonia ambiental pela indiferença – 2007. Pesquisa científica (SOCIE) – Curso de Informática com Ênfase em Gestão de Negócios. FATEC, Baixada Santista.

VERÍSSIMO, Patrícia Antunha Guedes. Agonia ambiental pela indiferença – 2007. Pesquisa científica (SOCIE) – Curso de Informática com Ênfase em Gestão de Negócios. FATEC, Baixada Santista.

SIERRA, Gisele. Agonia ambiental pela indiferença – 2007. Pesquisa científica (SOCIE) – Curso de Informática com Ênfase em Gestão de Negócios. FATEC, Baixada Santista.

SANTOS, Mariane Gaspar dos. Agonia ambiental pela indiferença – 2007. Pesquisa científica (SOCIE) – Curso de Informática com Ênfase em Gestão de Negócios. FATEC, Baixada Santista.

Já não é cedo, mas antes que seja tarde demais é preciso mudar nosso comportamento, pois o homem, com todos os desdobramentos de sua tecnologia e hábitos de vida, mesmo percebendo uma grande tela com a destruição pintada em cores vivas, não consegue observar-se no quadro, nem ver a si mesmo na ação destruidora do planeta que vive.

Palavras-chave: consciência ambiental, ética, filosofia, mudanças de atitudes, indiferença comportamental,

ABSTRACT

OLIVEIRA, Gilson Ferreira de. Agonia ambiental pela indiferença – 2007. Pesquisa científica (SOCIE) – Curso de Informática com Ênfase em Gestão de Negócios. FATEC, Baixada Santista.

VERÍSSIMO, Patrícia Antunha Guedes. Agonia ambiental pela indiferença – 2007. Pesquisa científica (SOCIE) – Curso de Informática com Ênfase em Gestão de Negócios. FATEC, Baixada Santista.

SIERRA, Gisele. Agonia ambiental pela indiferença – 2007. Pesquisa científica (SOCIE) – Curso de Informática com Ênfase em Gestão de Negócios. FATEC, Baixada Santista.

SANTOS, Mariane Gaspar dos. Agonia ambiental pela indiferença – 2007. Pesquisa científica (SOCIE) – Curso de Informática com Ênfase em Gestão de Negócios. FATEC, Baixada Santista.

It´s not early, but before it´s too late, it´s necessary to change our behaviour, for the men kind, with all tech development and  way of life, even watching the huge screen showing the destruction in true collours, can´t see himself in this picture, in this destructive action in the planet in which he lives.

Word-key: ambient conscience, ethics, philosophy, changes of attitudes, mannering indifference

Certo dia, um príncipe indiano mandou chamar um grupo de cegos de nascença e os reuniu no pátio do palácio. Ao mesmo tempo, mandou trazer um elefante e o colocou diante do grupo. Em seguida, conduzindo-os  pela mão, foi levando os cegos até o elefante para que o apalpassem. Um apalpava a barriga, outro a cauda, outro a orelha, outro a tromba, outro uma das pernas.

Quando  todos  os  cegos  tinham  apalpado  o  paquiderme,  o  príncipe ordenou  que  cada  um  explicasse aos  outros  como  era o  elefante,  então, o  que  tinha  apalpado  a   barriga,  disse  que  o  elefante  era  como uma enorme  panela.  O  que  tinha  apalpado  a  cauda  até  os  pelos  da extremidade   discordou   e disse que o elefante se parecia mais com uma vassoura. “Nada  disso”,  interrompeu  o  que  tinha  apalpado  a  orelha. “Se alguma coisa se parece é com um grande leque aberto”.  O que apalpara a tromba deu uma risada e interferiu: “Vocês  estão  por  fora. O elefante tem a forma, as ondulações  e a  flexibilidade  de  uma  mangueira de  água…”. “Essa não”,  replicou  o que  apalpara  a  perna,  “ele é redondo como uma grande  mangueira, mas não tem nada de ondulações nem de flexibilidade, é rígido como um poste…”.  Os cegos se envolveram numa discussão sem fim, cada um querendo provar que os outros estavam errados, e que o certo era o que ele dizia.

Evidentemente  cada  um se apoiava na sua própria experiência e não conseguia entender como os demais podiam afirmar o que afirmavam.


O príncipe deixou-os falar para ver se chegavam a um acordo, mas quando percebeu que eram incapazes de aceitar que os outros podiam ter tido outras experiências, ordenou que se calassem.

“O elefante é tudo isso que vocês falaram.”, explicou. “Tudo isso que cada um de vocês percebeu é só uma parte do elefante.

Não devem negar o que os outros perceberam. Deveriam juntar as experiência de todos e tentar imaginar como a parte que cada um apalpou se une com as outras para formar esse todo que é o elefante.”

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO, 9

1.1 Importância do trabalho, 9

1.2 Objetivos, 12

1.2.1 Objetivo geral, 12

1.2.2 Objetivos específicos, 13

1.3 Delimitação do trabalho, 13

1.4 Estrutura do trabalho, 14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA, 15

2.1 Introdução, 15

2.2 Ética e o comportamento atual, 17

2.3 O desenvolvimento econômico e a consciência ambiental, 18

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS, 21

3.1 Classificação da pesquisa, 21

3.2 Caracterização do objeto de estudo, 21

3.2.1 Sujeito da Pesquisa, 21

4 RESULTADOS OBTIDOS, 23

4.1 Quanto ao nível de escolaridade dos entrevistados, 23

4.2 Quanto a importância dada à questão ambiental, 23

4.3 Quantos se consideram causadores de danos ao meio ambiente, 24

4.4 Opinião sobre o desenvolvimento sustentável, 25

4.5 Quanto ao que se faz para mudar a situação ambiental, 26

4.6 Como é classificada a situação ambiental da cidade, 27

4.7 Quais os segmentos responsáveis pelos danos ambientais, 28

4.8 Qual segmento é mais envolvido na proteção ao meio ambiente, 29

4.9 As opiniões sobre as indústrias, 30

4.10 Consideram importante separar o lixo para coleta, 31

4.11 Opiniões sobre a ação do governo, 32

4.12 Os responsáveis por recolher o lixo para reciclar, 33

4.13 Os que separam o lixo em casa, 34

4.14 Desculpas para não separar o lixo, 35

4.15 Estão dispostos a mudar em prol da preservação ambiental, 36

4.16 Motivos para inércia, 37

4.17 Considerações gerais, 38

4.18 Proposição do plano de sensibilização para mudanças de atitudes, 38

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES, 40

5.1 Introdução, 40

5.2 Conclusões da pesquisa, 40

5.2.1 Quanto aos objetivos do trabalho, 41

5.3 Recomendações para trabalhos futuros, 41

5.4 Considerações finais, 43

6 REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA, 44

6.1 ANEXO I, 44

6.2 ANEXO II, 48

6.3 BIBLIOGRAFIA, 44

6.4 LISTA DE FIGURAS, 45

1 INTRODUÇÃO

Neste início de século vivenciamos nesta primeira década uma grande mobilização conscientizadora sobre o meio ambiente. No século passado, nas suas últimas décadas os cientistas e algumas organizações não governamentais pronunciavam ao vento suas palavras mas, aos olhos da maioria leiga mais pareciam profecias de loucos que palavras embasadas em estudos fundamentados. Muito se produziu a respeito, mas atualmente as ações praticadas em defesa do meio ambiente ainda não estão em níveis adequados a preservação satisfatória para a sustentabilidade da vida em nosso planeta.

Embora exista uma pequena consciência sobre o que deve ser ecologicamente correto as atitudes do homem moderno não identificam o grau de consciência que necessário para a preservação adequada.

Identificamos a indiferença como algo presente em grande escala e observamos que ela, não faz parte da ação humana para a preservação.

1.1 Importância do trabalho

Definimos como importante este trabalho, pois entendemos que não podemos mais estacionar na campanha de conscientização e passarmos da conscientização para a ação.

Ao descobrirmos a indiferença na pesquisa realizada, lançamos este como um alerta sobre que ética tem determinado o comportamento humano. Esta ética tem sido mais para pessoal que para social. Portanto traçaremos um paralelo ambas no sentido de desvendar a hipocrisia ecológica na qual o ser humano tem vivido.

Referindo-se à ética pessoal , (BARROS, Marcelo: Ética, Ecologia e Solidariedade. Junho de 2006. Disponível em <http://www.terrazul.m2014.net/spip.php?article406>. Acesso em 05 maio 2007) adverte:

Ética vem do termo grego ethos e significa modo de agir e de ser. É importante porque nossas ações não ocorrem por acaso, arbitrariamente, de acordo com algum impulso de momento. Elas obedecem a princípios e critérios que servem para nós como uma luz no escuro ou uma indicação segura quando precisamos de orientação na estrada da vida. A Ética é mais do que a Moral. A Moral fornece a lei que decorre do critério ético.

Por exemplo, a Ética diz: a vida é sagrada e merece respeito. A vida humana, mas também a vida dos animais e das plantas merece respeito. O documento ecumênico “Os pobres possuirão a Terra”, assinado por muitos bispos e pastores de diversas Igrejas cristãs, afirma: “Toda forma de vida e todos os seres vivos possuem um valor intrínseco de bondade e têm direito ao respeito”. Este é o chão da Ética. Então, sim, a moral diz que não se deve matar nem agir de forma que prejudique a vida. A Ética não é uma camisa de força nem uma lei rígida para ser aplicada em qualquer situação que seja. O próprio Jesus no Evangelho dizia que a lei existe em função do ser humano e não o ser humano em função da lei.

A Ética é exatamente a sabedoria de colocar a lei a serviço da vida. É como criar uma relação de convivência e cuidado comigo mesmo, uns com os outros e com a natureza, a Terra, a Água e todo ser vivo, a partir de uma consciência de pertença e interdependência. Existe uma Ética ecológica quando superamos a relação de dono e proprietário da terra, dos animais e das plantas para a relação de que somos gerentes e zeladores da comunidade da Vida da qual pertencemos como membros.

Deduzimos destas palavras que somos zeladores e não donos da terra, mas agimos como donos. Nossas atitudes são de donos. Esquecemos que passamos por aqui, que não vivemos individualmente ou eternamente por aqui, mas nosso comportamento é de um grupo de seres que é dono da terra e que aqui viverá eternamente. Pura ilusão, principalmente quando compreendemos nosso comportamento destrutivo.

Não podemos continuar pensando que é necessária a conscientizarão, pois anos de educação ambiental ainda não produziram educadores estratégicos e ambientalistas aos milhões. A Gestão Ambiental é uma utopia social, todos falam, mas poucos fazem. As crianças e os jovens aprenderam em gerações anteriores e principalmente nesta, mas a prática tem sido muito semelhante à de seus antecessores humanos.

A preservação ambiental só será possível com uma mudança radical no comportamento individual e social humano.

O que a consciência diz precisa estar atrelado ao que o corpo faz. Conseqüentemente o meio ambiente sofrerá menos e será preservado.

Atingir as pessoas, ambientalmente conscientes, é tarefa árdua. 50% dos entrevistados em nossa pesquisa sabem disso, é difícil conscientizar as pessoas. Mais difícil então é fazê-las mudar suas atitudes. O que certamente provará seu nível de consciência.

Considerando o exposto, o presente trabalho procura indicar soluções para sair da inércia onde se estacionam as pessoas.

“Se cada pessoa dotada de consciência ambiental ainda desprovida de motivos para agir sobre a questão ambiental for instigada no ponto certo para desenvolver atitudes mesmo que individuais visando sanar danos ambientais ou preveni-los, o trabalho será mais do que um aporte na educação ambiental, mas sim, o gatilho que dispara em cada pessoa sua vontade de fazer diferente seu modo de vida atual, para atitudes mais saudáveis do ponto de vista particular, emocional-psicológico,” (SANTOS, 2005, p. 15),

A questão problema:

Por que as pessoas, mesmo demonstrando conhecimento da gravidade do problema ambiental não tomam atitudes diárias capazes de amenizar o impacto ambiental do meio em que vivem? Por que 70% dos entrevistados se declaram dispostos a mudar seus hábitos de vida para preservar o meio ambiente e destes 54% não fazem nada para que tal aconteça?

O WWI – Worldwatch Institute. (Disponível em <http://www.wwiuma.org.br/numeros_crueis.htm> Acesso em 11 maio 2007) adverte:

Durante os anos 90, o custo econômico dos desastres naturais suplantou US$ 608 bilhões, mais do que as quatro décadas anteriores, conjuntamente; à medida que o nível do mar continue a crescer e os eventos climáticos violentos se tornem mais comuns nas próximas décadas, nossa vulnerabilidade aos desastres naturais continuará a aumentar.

Por que continuamos indiferentes a destruição do planeta?

1.2 Objetivos

Este trabalho está disposto conforme os objetivos subdivididos que são: objetivo geral e objetivos específicos.

1.2.1 Objetivo geral

Identificar causas que induzam a indiferença no comportamento humano atual, o problema ético e o porque da falta de mudanças em relação à questão ambiental.

1.2.2 Objetivos específicos

Dar continuidade à pesquisa anterior, identificando a manutenção da indiferença e diagnosticar a falta de mudanças em outra região, diferente da original e descobrir pontos de igualdade ou diferença comportamental.

Propor soluções que possam induzir o homem moderno a mudar suas atitudes.

1.3 Delimitação do trabalho

Este trabalho explora a diferença entre o pecado de saber o que deve fazer e não se faz. Trata da indiferença, do descaso e da aplicabilidade da ética. Busca informação, objetivando mudanças importantes que gerem preservação ambiental adequada a continuidade da vida humana com qualidade.

Na medida do possível faremos propostas de soluções para o problema detectado.

Talvez seja possível mudar, quem sabe pelo medo, ou pela necessidade ou ainda por experiências coletivas que sejam tão ruins que consigam uma mobilização mundial pela preservação do planeta que agoniza.

1.4 Estrutura do trabalho

No capítulo 1, introduzimos o trabalho descrevendo em linhas gerais, o tema e sua organização, o porque dos estudos para este trabalho, sua natureza, seus objetivos, e as limitações.

No capítulo 2, faz-se uma síntese da situação problema, a crescente degradação ambiental e suas conseqüências, reflexão que dará embasamento para uma prática filosófica, questionadora e crítica sobre o comportamento ético relacionado a preservação ambiental.

No capítulo 3, apresentamos a metodologia utilizada para desenvolvimento do trabalho e o processo de coleta de dados que embasa um diagnóstico sobre a situação.

No capítulo 4, são explorados os resultados da pesquisa, tabulados e apresentados graficamente. A visualização gráfica melhora a compreensão das atitudes teorizadas na situação problema buscando apresentar no estudo, a falta de atitudes ambientais adequadas por pessoas conscientes.

No capítulo 5, apresenta-se a conclusão da pesquisa, a partir da formulação do problema, dos objetivos e os resultados obtidos nessa busca. Neste mesmo capítulo recomenda-se a continuidade em trabalhos futuros.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


2.1 Introdução

A situação ambiental hoje se encontra alarmante. Segundo o articulista (CERRILO, Antonio: Os riscos de um planeta urbano. Março de 2007. Disponível em <http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lavanguardia/2007/03/31/ult2684u296.jhtm>. Acesso em 05 maio 2007),

…o crescimento demográfico, o desenvolvimento urbano desequilibrado, a degradação ambiental e a mudança climática fizeram que “o número de pessoas afetadas pelas catástrofes naturais aumentasse de maneira notável nos últimos 20 anos”. No final da década de 1980, cerca de 177 milhões de pessoas (população equivalente à da Indonésia) eram afetadas por catástrofes naturais todos os anos. Mas desde 2001 essa média se situou em 270 milhões, o que representa um aumento de 50%. É o que indica o relatório “A situação do mundo 2007: Nosso futuro urbano” sobre a saúde do planeta, elaborado anualmente pelo Instituto Worldwatch de Washington.

O instituto citado relata que as cidades ocupam somente 0,4% da terra, mas produzem a maior parte dos gases do efeito estufa. Isto é sério. O aquecimento global é uma realidade, e já estamos sentindo na pele os efeitos deste calor.

O transporte urbano cresce de maneira desenfreada. Cada vez mais carros transportam somente um passageiro por viagem, aumentando consideravelmente o custo ambiental. A despeito disso a ética ambiental é deixada de lado. Precisamos nos locomover, cada vez mais rápido, cada vez melhor e cada dia mais confortavelmente.

Ao que parece, não temos culpa. É nossa necessidade. Estes problemas globais parecem nos isentar de culpa, pois são coisas grandes demais e não parecemos fazer parte delas.

No entanto muita coisa é feita individualmente colaborando com esta situação: Anda-se muito de carro, joga-se lixo na rua, não se separa o lixo, pouco se faz para mudar, mesmo sabendo que é preciso mudar.

Segundo a pesquisa realizada apenas 50% dos entrevistados se consideram causadores de algum dano ao meio ambiente, outros 27% acham que não e 18% não sabem responder. É lamentável, na sociedade do conhecimento que o comportamento humano seja assim. Diretamente, todos somos causadores de danos, precisamos avaliar o quanto, saber o quanto e mudar.

Para demonstrar o fato o Worldwide Conservation Society (WCS) (2003), e pesquisadores da Universidade de Colúmbia, produziram um mapa da pegada humana. Segundo o instituto, 83% da superfície da terra está sob alguma influência humana. Imaginamos isso como saudável. Como humanos, agimos como donos do planeta. O site http://www.myfootprint.org/ mantém um programa para verificar a quantidade de natureza necessária para manter o estilo de vida humano sobre a face da terra. O site, com bases científicas, avalia o impacto no planeta, causado pela opção individual de cada ser humano segundo suas atitudes diárias, daquilo que consome e dos resíduos que gera. Os resultados são surpreendentes. Todos deveriam fazer o teste uma vez. Convidamos você a fazê-lo, pois será possível calcular a sua “Pegada Ecológica” fazendo uma estimativa da quantidade de recursos necessária para produzir os bens e serviços que você consome e absorver os resíduos produzidos com seu estilo de vida.

Apesar de todos estes recursos, a indiferença reina absoluta. 41% dos entrevistados nunca fizeram nada objetivando a luta da preservação do meio ambiente. É alarmante.

2.2 Ética e o comportamento atual

Este trabalho tem uma questão problema sobre ética. (Singer P. Ethics. Oxford: OUP, 1994:4-6.) define ética da seguinte maneira:

“A Ética existe em todas as sociedades humanas, e, talvez, mesmo entre nossos parentes não-humanos mais próximos. (…). A Ética pode ser um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar que guiam, ou chamam a si a autoridade de guiar, as ações de um grupo em particular (moralidade), ou é o estudo sistemático da argumentação sobre como nós devemos agir (filosofia moral).

A Ética mostra o que era moralmente aceito na antiguidade, comparando-se com o que é moralmente aceito hoje abstrair a existência de mudanças no comportamento humano como um todo e nas regras de convivência com o meio ambiente e suas conseqüências, podendo daí, detectar problemas ou indicar caminhos. É o que deduzimos. O comportamento ético ambiental passou da conta da imoralidade, pois a autoridade de guiar não está na responsabilidade ambiental e sim na satisfação individual. “A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta”. (VALLS, Álvaro L.M. O que é ética. 7a edição Ed.Brasiliense, 1993, p.7)

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, Ética é “o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto”.

Portanto ética é algo que todos nós precisamos ter e também praticar. Alguns dizem que são éticos, que conhecem o comportamento ético adequado. Mas bem poucos a levam a sério e podemos numa hipérbole dizer que “Ninguém cumpre à risca”.

2.3 O desenvolvimento econômico e a consciência ambiental

Os indicadores da crise ambiental mostram índices alarmantes. A evolução planetária criou recursos poderosos para a manutenção da vida, e o que mais tem crescido é o conhecimento de técnicas, produtos e serviços capazes de dar conforto ao cotidiano do ser humano. A humanidade evoluiu e com esta “evolução” ? Parece contraditório, mas com esta evolução nasceu a destruição dos recursos hídricos, da fauna e da flora e graves perturbações de ordem climática. Com esta evolução aumentou o nível de pobreza e desigualdade, impulsionado pelos padrões de consumo atuais da sociedade. O meio ambiente não suporta mais este modo de desenvolvimento.

É preciso pregar intensamente a sustentabilidade sócio-econômica: É uma questão multidisciplinar e comportamental. É urgente evocar a ética humana ecológica antes que seja tarde demais.

A participação da sociedade na questão da proteção ambiental não pode resumir-se nas palavras frívolas jogadas ao vento. Muitas destas até travestidas de coisa boa, mas com fundo meramente empresarial, visando lucro ético com a finalidade de obtenção de lucro monetário.

A educação para proteção do Meio Ambiente deve ter uma base piramidal maior, pois nesta base se construirá a vida das futuras gerações. O desenvolvimento e sustentabilidade sócio-ambiental são, portanto, o investimento maior da presente geração que com a industrialização destrói o meio ambiente e com palavras vazias maquiam o comportamento, escondendo as rugas do envelhecimento do ambiente do planeta.

É urgente o desenvolvimento econômico, mais urgente ainda é promover uma educação ética responsável com o meio ambiente, uma gestão ambiental responsável, de caráter público e com participação geral.

As bases desse desenvolvimento econômico sustentável precisam ser lançadas, estudadas, pensadas. É uma sugestão para trabalhos futuros.

O Desenvolvimento sustentável precisa ser focalizado em todos os níveis. Este modelo de desenvolvimento precisa atender às necessidades da geração atual sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras poderem também satisfazer as suas próprias necessidades, portanto “não é importante ter consciência ambiental se não existirem ações para amenizar os impactos ambientais.” (SANTOS, Maurício Takahashi dos. Consciência Ambiental e Mudança de atitude. 2005, p. 14),

Mas como executar um plano de desenvolvimento sustentável numa amostra populacional onde 41% nunca fizeram nada pelo meio ambiente. Parece improvável a sua realização. Continuamos a andar sob uma esteira, isto é, andamos, nos cansamos e não chegamos a lugar algum.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo, seguimos a pesquisa original, produzida por (SANTOS, 2005), fizemos uma repetição do modelo utilizado objetivando comparar os dados e verificar, semelhanças e diferenças.

3.1 Classificação da pesquisa

Nesta coleta de dados, os procedimentos são:

  • pesquisa de materiais já existentes sobre o assunto;
  • entrevistas e formulários de pesquisa.

3.2 Caracterização do objeto de estudo

Esta pesquisa desenvolve-se na cidade de Santos-SP, utilizando como universo exploratório à comunidade que participa da Faculdade de Tecnologia da Baixada Santista – FATEC. Foram incluídos indivíduos ligados a alunos, como amigos, vizinhos, parentes etc. Assim como na pesquisa original, tomou-se como público-alvo a ser submetido à pesquisa pessoas informadas e conscientes ambientalmente que participam da comunidade.

3.2.1 Sujeito da Pesquisa

No desenvolvimento desta pesquisa partimos do princípio que as pessoas entrevistadas são capazes de reconhecer a gravidade dos problemas ambientais que estamos vivendo, mas parecem estar num estado de indiferença no que se refere às ações necessárias para conter estes conhecidos problemas.

Como referencial de investigação foram elaboradas questões que pudessem caracterizar os seguintes fatores, conforme o original proposto:

a) a consciência ambiental dos indivíduos pesquisados;

b) o reconhecimento da gravidade da situação ambiental em que vive o ser humano como responsável pelo agravamento;

c) a capacidade de percepção ambiental do local onde vive;

d) a responsabilização da geração dos problemas ambientais;

e) a responsabilização na diminuição dos impactos ambientais;

f) a responsabilização por disseminar ações ambientais efetivas e contínuas.

g) justificar a forma atual de agir perante o reconhecimento da situação ambiental.

4 RESULTADOS OBTIDOS

A seguir demonstram-se os gráficos dos resultados obtidos a partir dos formulários de pesquisa aplicados.

4.1 Quanto ao nível de escolaridade dos entrevistados:

Figura 1 – Nível escolar dos entrevistados

4.2 Quanto a importância dada à questão ambiental:

Ilustração 1 – Importância da questão ambiental

Observando o resultado apresentado na ilustração 1, nota-se uma divisão entre os que se importam 48% e os que pouco se importam 47% com questões referentes ao meio ambiente. Nisto existe uma grande diferença entre esta pesquisa e a pesquisa original, talvez pelo segmento pesquisado não estar dentro de um núcleo praticante e aprendiz sobre consciência ambiental.

4.3 Quantos se consideram causadores de danos ao meio ambiente:

Ilustração 2 – Sobre danos ambientais

Na pesquisa original 53% dos participantes se consideravam causadores de danos ambientais, na ilustração 2, o índice permanece estável em 50%. Considerando que se passaram quatro anos e a divulgação de notícias sobre o meio ambiente aumentou, é de se lamentar a falta de posicionamento adequado sobre o assunto.

4.4 Opinião sobre o desenvolvimento sustentável:

Ilustração 3 – Sobre o desenvolvimento sustentável

Na pesquisa original foi senso comum a compreensão que a forma do desenvolvimento humano atual aliada a degradação ambiental não condiz com o ideal para vida humana ou da maioria das outras formas de vida existentes no planeta. 68% das respostas dos pesquisados consideravam-se contrários a evolução destrutiva.

Neste pesquisa este número cai para 58 %, demonstrando uma melhoria do ato consciente. Mas é gritante o aumento dos que acham que crescer impacta o meio ambiente, de 6% para 25%. Talvez isso mostre uma consciência de que o comportamento atual é destrutivo.

4.5 Quanto ao que se faz para mudar a situação ambiental:

Ilustração 4 – Atitudes tomadas

Na pesquisa original, Santos comentava que a variação de respostas demonstrava que a maioria dos pesquisados realmente tem interesse pelo ambiente e se preocupam com as degradações que tomam conhecimento, sendo que na maioria das respostas houve alguma ação diante do fato. Cerca de 11% dos pesquisados colocaram que realmente nada fizeram perante tal situação, como já visto, possivelmente, se enquadrando dentro do grupo que não acredita na responsabilidade que deveria ter com a natureza.

Na pesquisa atual 41% diz nunca ter feito nada. Concluímos que, ou somos mais realistas ou a indiferença aumentou.

4.6 Como é classificada a situação ambiental da cidade:

Ilustração 5 – Qualidade ambiental local

Considerando o nível social da cidade de Santos-SP, do ponto de vista 45% dos pesquisados (Ilustração 5) é de que a qualidade ambiental da cidade em geral é regular. Semelhante a pesquisa realizada em Foz do Iguaçu.

4.7 Quais os segmentos responsáveis pelos danos ambientais:

Ilustração 6 – Responsabilidade pela degradação ambiental

No questionamento da ilustração 6, assim como na pesquisa de Santos, fica caracterizada a dificuldade dos pesquisados em reconhecer ou identificar um segmento atuante na proteção ambiental. 52% consideram a sociedade a principal responsável pelos danos ao meio ambiente. Nesta pesquisa eleva-se 58% este nível de responsabilização da sociedade. 44% optam por desconhecer o principal envolvido na proteção ambiental.

4.8 Qual segmento é mais envolvido na proteção ao meio ambiente:

Ilustração 7 – Responsável pela proteção ambiental

Entre os entrevistados, 32% desconhece os responsáveis pela proteção do meio ambiente e 26% culpa a própria sociedade como um todo.

4.9 As opiniões sobre as indústrias

Ilustração 8 – A responsabilidade das indústrias

Interessante a coincidência entre a pesquisa atual e a de Santos. Na opinião dos pesquisados, 42% das respostas para o questionamento da ilustração 8. Para eles a indústria que emite poluentes deverá então se responsabilizar pelos danos causados ao ambiente. Outros 41% pensam que as indústrias investem em meio ambiente, mas ainda causam danos a ele.

4.10 Consideram importante separar o lixo para coleta:

Ilustração 9 – Importância da separação e coleta seletiva

Identifica-se acima, na Ilustração 9, que 95% dos pesquisados reconhecem que a separação do lixo e a coleta seletiva de materiais para reciclagem são importantes. A quantidade é maior que a pesquisa de Santos, que dá um percentual de 90%.

Infelizmente quando comparamos esse grau de conscientização com o resultado da Ilustração 12 comprovamos o dilema ético entre o que se sabe que se deve fazer e o que não se faz. 95% acha importante separar o lixo, mas apenas 50% diz separar.

4.11 Opiniões sobre a ação do governo:

Ilustração 10 – A responsabilidade do governo

Diferentemente da pesquisa original, 32% dos entrevistados entendem que o governo investe no meio ambiente, mas causa danos. Santos destaca com sua pesquisa que 70% dos pesquisados entendem isso desta forma. De igual modo 32% entendem que o governo não investe em meio ambiente.

4.12 Os responsáveis por recolher o lixo para reciclar:

Ilustração 11 – Responsabilidade pela coleta seletiva de lixo

Aqui identificamos um grau de consciência ambiental elevado, mas isto é para os outros fazerem. 67% acham que quem gerou o lixo que cuide dele. Seria bom que isso fosse verdade. O meio ambiente agradeceria e as futuras gerações também.

4.13 Os que separam o lixo em casa:

Ilustração 12 – A separação do lixo em casa

Na ilustração 12 observamos um contraste com a ilustração 9. Identificamos ainda uma incoerência com a resposta da maioria na ilustração 4 quando lá, 41% dizem nunca ter feito nada para mudar a situação ambiental. Separar o lixo já é alguma coisa.

4.14 Desculpas para não separar o lixo:

Ilustração 13 – Desculpas para não separar lixo

Aqui, 39% diz que o governo não oferece coleta seletiva de lixo. O que não é verdade na cidade de Santos. Existe a coleta seletiva de lixo. Em baixa escala, mas existe. Falta conhecimento de horários e hábitos de fazer a separação. Outros 39% diz não existir uma associação de catadores no bairro. Em Santos existem os “carrinheiros”, pessoas que recolhem lixo reciclável em carrinhos movidos a tração humana. Estes encaminham o material recolhido a postos de compra de materiais recicláveis.

4.15 Estão dispostos a mudar em prol da preservação ambiental:

Ilustração 14 – Disposição para mudar

Disposição é tudo. Se a disposição demonstrada se transformar em ação, certamente teremos o que comemorar, pois nesta incerteza ambiental em que vivemos, toda ação, por menor que seja, é valida e útil..

4.16 Motivos para inércia:

Ilustração 15 – Motivos para a inércia

4.17 Considerações gerais

Conforme deduzimos da pesquisa, existe um problema ético. Sabemos o que precisamos fazer. Se for difícil conscientizar as pessoas, como dizem 50% dos entrevistados, talvez seja mais difícil a nossa própria conscientização. Não queremos ter consciência ambiental por não queremos as conseqüências disso em nosso dia-a-dia.

Concordamos com Santos com base nas respostas desta pesquisa e comparando com a pesquisa original em apresentar as seguintes possibilidades de causas para a falta de mudanças de atitudes em relação à questão ambiental:

a) falta motivação para dar partida nas ações individuais;

b) falta responsabilidade individual das pessoas conscientes;

c) ainda não são considerados riscos para sociedade os problemas ambientais atuais, por não atingirem diretamente as pessoas;

d) pode-se responsabilizar diversos outros segmentos e fatores pela falta de cuidados com o meio ambiente, a culpa não é individual, não há compromisso;

e) considera-se o ambiente com qualidade aceitável, não há incômodo para despertar atitudes imediatas;

f) não há reconhecimento de que as atitudes devem ser mudadas a partir do particular, sem necessidade de uma ordem geral, a maioria aguarda a organização governamental para que esta determine as ações que devem ser cumpridas pela sociedade;

g) crença em que a solução virá pronta e colocada em mãos;

h) responsabilização de outros pela proteção ambiental.

4.18 Proposição do plano de sensibilização para mudanças de atitudes

No Brasil temos a Lei da Educação Ambiental nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Nesta, destacamos alguns artigos que consideramos urgentes sua aplicação, são eles:

Art. 1.o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Art. 2.o A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

Art. 3.o Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental.

Não faltam leis, não falta conhecimento e não faltam alertas climáticos. Falta interesse coletivo, participação solidária, falta a prática diária que talvez seja cara, mas não cara financeiramente e sim cara em trabalho e mudança comportamental.

“O homem primitivo retirava da natureza os seus sustentos sem prejudicá-la, cultivava para seu consumo e provisão, os resíduos produzidos eram degradados pelo ambiente participando do ciclo de matéria no ecossistema, havia um sentimento para com a Terra como se fosse sagrada, respeitando todas as formas de vida até mesmo as que lhe garantiam a alimentação.” (SANTOS, 2005, p. 124), é preciso recuperar este sentimento, estas atitudes, este comportamento sadio, antes que seja tarde demais.

5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1 Introdução

Este trabalho poderia ser longo e mais determinístico em recomendações. Mas o tempo de execução foi pouco.

Descobrimos durante a realização, que o assunto é complexo e extenso. Sem verbas e pessoas dedicadas exclusivamente a este fim é impossível realizar mais do que um simples alerta. Mais um, no meio desse caldeirão de incertezas ecológicas.

5.2 Conclusões da pesquisa

Os resultados deste trabalho visam demonstrar se os objetivos iniciais estabelecidos que pela proposta inicial, foram atendidos.

Comparando a pesquisa original com a atual, concluímos que pouco mudou.

Demos continuidade a pesquisa original de Santos, com a finalidade de diagnosticar o desinteresse em mudança comportamental em prol de proteção ambiental.

Verificamos muitas semelhanças e reconhecemos algumas diferenças.


Constatamos um grande interesse em ecologia e identificamos as diferenças entre o que se sabe que se deve fazer e não se faz. Percebemos as diferenças entre a consciência ética e atitudes não condizentes.

Procuramos saber as razões para a falta de mudança das atitudes diárias e obtivemos algumas respostas satisfatórias.

5.2.1 Quanto aos objetivos do trabalho

Não focamos o trabalho nas conseqüências no meio ambiente visto que o assunto se tornaria enorme e fora do escopo do trabalho solicitado.

Identificamos a falta de mudanças de atitudes e em relação à questão ambiental, pouco mudou, ou, muito mudou para pior.

No item 4.2 reapresentamos e concordamos com Santos no que falta para uma conscientização da sociedade.

5.3 Recomendações para trabalhos futuros

Com base no que foi demonstrado, sugerimos para trabalhos futuros a continuidade deste com perfil semelhante ao dos pesquisados para se ter uma comparação entre os resultados, assim como sugeriu Santos, mas com foco no que fazer.

Outra sugestão a partir desse trabalho é desenvolver um modelo de sensibilização objetivando a mudança de atitudes, não só a conscientização. Como formar conscientizadores praticantes de atos produtivos em um grupo de pessoas e como é possível modificar os hábitos para promover a diminuição de impactos ambientais, buscando assim soluções para problemas ambientais que necessitem da mobilização de pessoas em curto, médio e longo prazo.

Sugerimos explicitamente:

– Realizar pesquisa sobre como é feita a coleta de lixo reciclável e a destinação desse material, o que é produzido, análise de custos de serviços, horários de coleta, bairros que possuem o serviço, quem são as empresas responsáveis pela coleta e reciclagem.

– A maioria dos entrevistados não sabe que setor mais se preocupa com a preservação do meio ambiente, sugerimos a realização de pesquisa própria, objetivando identificação da melhor maneira de conscientização e geração de mudança nas atitudes.

– Aprofundar pesquisas entre os setores que buscam preservar o meio ambiente e concluir sobre quais setores mais se envolvem em protegê-lo.

– Identificar o porquê das pessoas estarem tão dividas quanto ao motivo que os leva a não desenvolver atitudes em prol do meio ambiente.

– Levantar dados sobre o por que as pessoas temem pela falta de bens como a água, mas ignoram as soluções práticas de preservação e contrárias ao desperdício.

O campo de trabalho é muito amplo, mas finalizamos sugerindo continuidade de pesquisas e realização de estudos que finalizem com sugestões que levem a Baixada Santista a ter globalmente um comportamento exemplar em conservação do meio ambiente.

5.4 Considerações finais

Incentivamos aos leitores visitas em alguns sites considerados relevantes quanto ao tema. Nossas sugestões:

Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável

WWI-Worldwatch Institute / UMA-Universidade Livre da Mata Atlântica.

  • http://www.wwiuma.org.br/

Blog do Planeta

  • http://www.blogdoplaneta.globolog.com.br/

6 REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA

6.1 ANEXO I

Questionário aplicado na pesquisa.

6.2 ANEXO II

Tabulação da pesquisa na forma de planilha eletrônica.

6.3 BIBLIOGRAFIA

SANTOS, Maurício Takahashi dos. Consciência Ambiental e Mudança de atitude. 2005

BARROS, Marcelo: Ética, Ecologia e Solidariedade. Junho de 2006. Disponível em <http://www.terrazul.m2014.net/spip.php?article406>. Acesso em 05 maio 2007

WWI – Worldwatch Institute. (Disponível em

<http://www.wwiuma.org.br/numeros_crueis.htm> Acesso em 11 maio 2007)

CERRILO, Antonio: Os riscos de um planeta urbano. Março de 2007. Disponível em <http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lavanguardia/2007/03/31/ult2684u296.jhtm>. Acesso em 05 maio 2007

Singer P. Ethics. Oxford: OUP, 1994:4-6.

VALLS, Álvaro L.M. O que é ética. 7a edição Ed.Brasiliense, 1993, p.7

Lei da Educação Ambiental nº 9.795, de 27 de abril de 1999

Dicionário Aurélio Buarque de Holanda

6.4 LISTA DE FIGURAS

Figura 2 – Nível escolar dos entrevistados, 23

Ilustração 16 – Importância da questão ambiental, 23

Ilustração 17 – Sobre danos ambientais, 24

Ilustração 18 – Sobre o desenvolvimento sustentável, 25

Ilustração 19 – Atitudes tomadas, 26

Ilustração 20 – Qualidade ambiental local, 27

Ilustração 21 – Responsabilidade pela degradação ambiental, 28

Ilustração 22 – Responsável pela proteção ambiental, 29

Ilustração 23 – A responsabilidade das indústrias, 30

Ilustração 24 – Importância da separação e coleta seletiva, 31

Ilustração 25 – A responsabilidade do governo, 32

Ilustração 26 – Responsabilidade pela coleta seletiva de lixo, 33

Ilustração 27 – A separação do lixo em casa, 34

Ilustração 28 – Desculpas para não separar lixo, 35

Ilustração 29 – Disposição para mudar, 36

Ilustração 30 – Motivos para a inércia, 37

ANEXO I

FATEC – FACULDADE DE TECNOLOGIA DA BAIXADA SANTISTA

Curso de Informática com Ênfase em Gestão de Negócios

FORMULÁRIO DE PESQUISA CIENTÍFICA SOBRE MEIO AMBIENTE

Indicar o nível de escolaridade do pesquisado

( ) fundamental ( )médio ( )superior

1-Você se interessa por assuntos relacionados ao meio ambiente?

( )sim ( )não ( )pouco ( )não sei

2- No dia a dia você se considera causador de algum dano ao meio ambiente?

( )sim ( )não ( )não sei ( )nenhuma anterior

3- A forma de desenvolvimento atual é a única maneira de suprir o desejo e a necessidade humana, mesmo com as conseqüências ambientais conhecidas, ou seja, é inevitável desenvolver usando e destruindo a natureza?

( )sim ( )não ( )não sei ( )nenhuma anterior

4- Conhecemos diversas agressões ao ambiente (poluição, exploração de recursos naturais, tragédias ecológicas), com relação aos impactos ambientais degradantes à natureza o que você fez para mudar a situação?

( )Assinou um abaixo assinado

( )Tratei do assunto com um amigo

( )Tratei do assunto com um político

( )Estive presente a uma manifestação

( )Fiz contato com um órgão ambiental

( )Fiz minha filiação a uma ONG (meio ambiente)

( )Participei de uma audiência pública

( )Procurei passar o fato para a imprensa

( )Não fiz nada

( )Outro – Justifique se achar necessário:

5 -Você classifica a qualidade ambiental na Sua Cidade como:

( )Ótima ( )Boa ( )Regular ( )Ruim ( )Péssima ( )Não sei

Justifique se achar necessário:

6 – Qual segmento você classifica como principal responsável pelos danos ao meio ambiente?

( )O governo ( )As indústrias ( )O setor agrícola ( )A sociedade em geral ( )O setor comercial ( )Não sei

Justifique se achar necessário:

7- Qual segmento você classifica como o mais envolvido com a proteção do meio ambiente?
( )O governo ( )As indústrias ( )O setor agrícola ( )A sociedade em geral ( )O setor comercial ( )Não sei


Justifique se achar necessário:

8- Você considera que as indústrias:

( )Investem em meio ambiente e procuram cumprir as exigências ambientais

( )Investem em meio ambiente, mas ainda causam danos ao ambiente

( )Omitem informações sobre seus impactos sobre o meio ambiente

( )Devem utilizar parte de seus lucros para solução dos problemas ambientais

( )Não tenho elementos para opinar sobre o assunto

( )Não concordo com nenhuma das anteriores

( )Justifique se achar necessário:

9- Você considera que o Governo, em relação às atividades que desenvolve:

( )Investe em meio ambiente e procura cumprir as exigências ambientais

( )Investe em meio ambiente, mas ainda causa danos ao meio ambiente

( )Não investe em meio ambiente, bem como não cumpre as exigências ambientais

( )Não investe e não cumpre as normas, mas fiscaliza o setor privado

( )Não tenho elementos para opinar sobre o assunto

( )Não concordo com nenhuma das anteriores


Justifique se achar necessário:

10- Você considera a separação do lixo e a coleta seletiva do lixo importante para diminuição da degradação ambiental?

( )sim ( )não ( )pouco importante ( )nenhuma anterior

11- Na sua opinião quem é o responsável pela coleta do lixo para reciclagem?

( ) O governo – prefeitura

( ) Empresas particulares

( ) A associação dos catadores de rua

( )Não tenho elementos para opinar sobre o assunto

( ) Não concordo com nenhuma das anteriores

Justifique se achar necessário:

12- A quem você consideraria a responsabilidade de separar o lixo para reciclagem?

( ) O governo – prefeitura

( ) Empresas particulares

( ) A associação dos catadores de rua

( ) Quem o gerou (residências, comércios, indústria)

( ) Não tenho elementos para opinar sobre o assunto.

( ) Não concordo com nenhuma das anteriores

Justifique se achar necessário:

13- Você separa o lixo em sua casa?

( )sim ( )não ( )pouco ( )nenhuma anterior

Se sua resposta for NÃO, indique um ou mais motivos abaixo:

( )O governo – prefeitura – deve separar.

( )O governo – prefeitura – não oferece coleta seletiva do lixo, por isso não separo.

( )A associação dos catadores de rua não funciona no meu bairro, por isso não separo.

( )Não é necessário separar, pois o lixo da cidade vai para a triagem e reciclagem.

( )Não acho necessário separar o lixo.

( )Não concordo com nenhuma das anteriores

Justifique se achar necessário:

14- No dia a dia você diria estar disposto a mudar seus hábitos de vida para preservar o meio ambiente?

( )sim ( )não ( )não sei ( )nenhuma anterior

Justifique se achar necessário:

A pergunta abaixo é só para quem respondeu sim na questão 1.

15- Qual o principal motivo que leva Você, consciente ambientalmente, a não desenvolver atitudes para amenizar impactos ambientais locais?

Não tenho tempo para isso.

É responsabilidade do governo.

Cada um deve cuidar do “seu” ambiente.

É difícil conscientizar as pessoas.

Não tenho elementos para opinar sobre o assunto.

Não concordo com nenhuma das anteriores

Justifique se achar necessário:

A pergunta abaixo é só para quem respondeu não na questão 1.

16- O que você acha que se acontecesse o faria se interessar por assuntos relacionados ao meio ambiente?

( )Uma catástrofe climática mundial

( )Falta generalizada de bens essenciais como água

( )não sei

( )nenhuma anterior

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